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Memória Olfativa: por que alguns cheiros são capazes de trazer à memória diversas emoções e sentimentos?

05/01/2024

4 minutos de leitura

Memória Olfativa: por que alguns cheiros são capazes de trazer à memória diversas emoções e sentimentos?

Vamos falar sobre memória olfativa? Me permita apresentar um pouco desse universo para você.

Eu sou fascinada por esse assunto e aqui me propus escrever o básico para mostrar como a memória olfativa pode ser poderosa.

A memória olfativa é uma forma de memória sensorial que nos permite lembrar de cheiros específicos e pode ser descrita como o momento em que um determinado aroma faz você resgatar do passado, lembranças e sensações boas ou ruins que aconteceram em algum momento da sua vida.

Nossa memória olfativa tem o poder de nos transportar em poucos instantes para momentos inesquecíveis, basta sentir um cheiro especial que a lembrança aflora no mesmo segundo.

Existem várias razões pelas quais os cheiros são tão poderosos na evocação de memórias. Para entender melhor a memória olfativa, vamos entender primeiramente como os cheiros funcionam em nosso corpo.

O principal órgão do sentido do olfato é o nariz. A percepção dos odores ocorre graças a uma região localizada na parte superior das cavidades nasais chamada de epitélio olfatório. É nesse epitélio que encontramos células sensoriais especializadas chamadas de quimiorreceptores. Elas são caracterizadas por possuírem prolongamentos que ficam mergulhados no muco, são os chamados cílios olfatórios. As moléculas odoríferas dispersas no ar são capazes de estimular esses cílios. Essas moléculas gerarão um impulso nervoso que chegará até o bulbo olfatório.

Os cheiros, então, são simplesmente substâncias químicas no ar que são reconhecidas pelos nervos do nariz. Cada nervo possui um receptor que pode identificar um número limitado de substâncias químicas, e o nervo então retransmite essa informação ao cérebro.

De forma bem resumida, os cheiros, são compostos voláteis que se desprendem das coisas e entram no nosso corpo, acessando nosso cérebro.

Há dois tipos materiais no ambiente: os que desprendem partículas (como as rosas, os perfumes, o pão quentinho sendo assado no forno) e outros que não (como o aço e o vidro). Essas particularidades fazem com que sintamos o cheiro das rosas mas não do vidro. Há inúmeras partículas voláteis mas nem todas estimulam o sentido da olfação humana (o sentido do “cheiro”).

Mas por que afinal os cheiros nos trazem lembranças?

Os cheiros são manipulados pelo bulbo olfativo, uma estrutura que fica na parte da frente do cérebro, responsável por mandar informações que depois vão ser processadas por outras áreas do comando central do corpo. Essa parte do cérebro que processa as fragrâncias, fica bem próximo do sistema límbico, responsável por reger nossas emoções e comportamentos. É esta conexão entre o cérebro e o olfato que gera recordações imediatas e involuntárias. Por isso, ao sentir um determinado cheiro, as lembranças são ativadas.

Quem nunca sentiu aquele abraço gostoso em uma pessoa que usava um determinado perfume ou a sensação de conforto quando começa a chover e sentimos o cheiro do asfalto molhado? Ou ainda aquele prazer do café coado pela manhã que domina a casa?

Pense: você já se apaixonou pelo cheiro de uma pessoa? Se você imediatamente se lembrou de alguém com essa pergunta, você mesmo comprovou o poder da sua memória olfativa e do seu nariz.

O olfato mexe totalmente com nossas emoções, ele não tem nada de racional.

É por esse motivo também  que sentimos prazer ao sentir determinados cheiros de comidas por exemplo. Pelo fato de nosso olfato estar intimamente relacionado com o paladar.

Por fim, os cheiros são subjetivos. O que uma pessoa considera um cheiro agradável, outra pessoa pode considerar um cheiro desagradável. Isso significa que os cheiros podem ser associados a emoções e sentimentos diferentes para cada pessoa.

Os aromas são capazes de criar uma memória olfativa única. E a preferencia por uma fragrância não tem muita explicação lógica. Ela é mais uma questão do que realmente toca em você!

Você sabia que pode estimular o sentido do olfato a trabalhar mais?

Estamos usando apenas uma pequena parte dos nossos poderes olfativos. Cheirar é um exercício! E como muitas outras habilidades, pode melhorar quando é treinado. Isso vai muito além das fragrâncias e aromas, o próprio sabor da comida pode ser puro cheiro. Incrível né?

E quanto a você, já parou para refletir sobre os cheiros mais marcantes e sobre as fragrâncias que mais lhe trazem boas memórias?

Nossa memória olfativa é como se fosse uma biblioteca de cheiros que vamos sentindo ao longo da vida e que nos marcam de alguma forma.

 

 

Bruna T. Schmid

Por Bruna T. Schmid

05/01/2024